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EBITDA | Um dos indicadores mais utilizados na avaliação de empresas

O EBITDA é a sigla em inglês para “Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization”, que, traduzido para o português, significa: Lucro antes de Juros, Impostos (sobre lucros), Depreciações e Amortizações (também conhecida como Lajida).

Para que serve o EBITDA

É uma ferramenta muito importante para os analistas quando da avaliação de empresas. Ajuda a entender os balanços, auxilia na descoberta do potencial de geração de caixa na atividade fim da empresa e determina a evolução da produtividade e eficiência da organização ao longo dos anos, especialmente em comparação ano a ano com os concorrentes, e dá a possibilidade de analisar não apenas o resultado final da organização, mas sim o processo como um todo.

Sua utilização nas negociações de empresas como fusões, cisões, aquisições, parcerias etc. que necessitam de avaliação econômica e financeira da empresa em negociação é fundamental. Normalmente o foco dessas avaliações é o de verificar as perspectivas econômicas em geral e as condições do setor em particular, avaliando o potencial da empresa na geração de lucro, o comportamento do seu fluxo de caixa, a capacidade de pagamento de dividendos, a composição dos seus ativos líquidos, a natureza do seu negócio e a história da empresa, desde a sua fundação, ou por um período bastante amplo.

No caso de avaliações, alguns bens que compõem o patrimônio da empresa são de difícil mensuração, sobretudo quando são considerados isoladamente. É o caso dos bens intangíveis como marcas, patentes, ponto comercial, reputação, organização etc. Por outo lado, a avaliação econômica dos benefícios futuros que a empresa pode gerar depende de um grande número de fatores que ainda apresentam dificuldades quanto à sua quantificação, como riscos do negócio, risco financeiro, taxa de capitalização, crescimento da empresa etc.

Existe um considerável número de ferramentas destinadas a avaliar as empresas, variando de acordo com o objetivo da avaliação e as características próprias da empresa avaliada. No entanto, o EBITDA é uma ferramenta de extrema importância, que continua sendo um dos indicadores mais utilizados nas avaliações de empresas para todos os fins.

Como calcular o EBITDA

Por ser um indicador financeiro, o seu conceito representa o potencial de geração de caixa que o ativo operacional de uma empresa é capaz de produzir, antes, de considerar o custo de qualquer capital tomado emprestado. Assim que recebidas todas as receitas e pagas todas as despesas, esse é o valor de caixa produzido pelos ativos, antes de computadas as receitas e despesas financeiras (juros), impostos (sobre o lucro), depreciação, amortização e exaustão.

Na legislação brasileira, chamamos de lucro operacional o valor do lucro antes dos tributos. Todavia, deveríamos excluir do cálculo do lucro das operações, as despesas e as receitas financeiras. O EBITDA está atrás do efeito caixa, desprezando, o valor das depreciações, amortizações e exaustões. Pode-se dizer que, em geral, a diferença entre o lucro operacional (não o legalmente utilizado no Brasil) e o EBITDA é exatamente o valor das depreciações e amortizações e, o EBITDA é o lucro genuíno derivado dos ativos operacionais antes de computadas as depreciações, as amortizações e as exaustões.

O que se quer com o EBITDA é mensurar o potencial de geração de caixa dos ativos. Assim, interessa, o valor antes dessas despesas para se ter a capacidade efetiva de geração de recursos financeiros dos ativos da empresa.

O EBITDA é mais um índice operacional que deverá ser avaliado no contexto operacional como um todo e não isoladamente, devendo-se considerar, ainda, que na sua apuração não são considerados o endividamento da empresa e os critérios contábeis aplicados. Embora seja um indicador confiável para a tendência de lucros da atividade operacional é preciso entender suas limitações, que, por si só, não revela a situação completa das finanças da empresa, devendo ser complementada com outras ferramentas de análises. Edição | LAB | 1810.